O que é?
É a causa mais freqüente no mundo de deficiência mental herdada de forma genética. Ocorre em 1 em cada 4.000 meninos nascidos vivos e em 1 em cada 6.000 meninas. Uma de cada 259 mulheres tem a pré-mutação, ou seja, não apresenta qualquer sintoma da doença; mas pode transmitir para seus filhos.
Os sinais
Os treze traços abaixo, nitidamente perceptíveis, são indícios de que alguém pode ter a Síndrome do X-Frágil. Acompanhe:
- Retardo mental e motor
- Hiperatividade
- Déficit de atenção
- Defesa Táctil (dificuldade de contato físico com outras pessoas)
- Prega simiesca (na mão)
- Morder as mãos (a ponto de causar ferimentos)
- Contato visual escasso (dificuldade de olhar para a pessoa com quem fala)
- Fala perseverativa (repete informações e as confundem)
- Hiperextensibilidade de articulações
- Orelhas proeminentes
- Macroorquidia (na adolescência, os testículos são de tamanho maior que o regular)
- Abanar as mãos repetidamente (de braços abertos, como se tivesse batendo asas)
- Apresentar histórico de retardo mental na família, sem diagnóstico preciso.
- Estes sinais podem estar todos presentes ou apenas alguns.
Características físicas
Recém-nascidos não apresentam indícios de aparência física que antecipem uma suspeita precoce da SXF.
Crianças maiores evidenciam:
- Atrasos no desenvolvimento psicomotor, com aquisição tardia de posturas (sentar-se, por-se em pé, andar); dificuldades na coordenação de movimentos amplos e finos, inclusive nos requeridos pela motricidade oral para articular a fala.
- Otites médias freqüentes e recorrentes, podendo produzir alterações que dificultam a percepção dos sons na aquisição da fala.
- Pálato ogival (“céu da boca”) muito alto.
- Má oclusão dentária.
- Transtornos oculares (estrabismo, miopia).
- Alterações em estruturas e funções cerebrais.
- Convulsões e epilepsia.
Outros sintomas: alterações no aparelho osteoarticular (hiperextensibilidade dos dedos, especialmente das mãos; escolioses; pés planos ou “chatos”; peito escavado); alterações no aparelho cardiovascular (prolapso da válvula mitral; leve dilatação da aorta ascendente); pele fina e suave nas mãos.
Jovens e adultos podem apresentar:
- Rosto alongado e estreito com leve projeção da mandíbula para a frente.
- Orelhas proeminentes ou de tamanho maior que o normal, com implantação mais baixa.
- Macroorquidismo (aumento do tamanho dos testículos por transtornos endocrinológicos) após a puberdade.
As três últimas características assinaladas são as manifestações físicas mais marcantes da síndrome a partir da adolescência, principalmente em homens.
Características emocionais e comportamentais
Alterações na conduta, mesmo não sendo específicas da SXF, podem tornar-se importantes suspeitas para identificar seus primeiros sinais. Elas requerem, contudo, uma observação e interpretação cuidadosas. Por exemplo, um indivíduo com SXF pode alterar seu comportamento num ambiente que mobilize a sua hipersensibilidade a estímulos visuais, ruídos, odores e a estímulos táteis, incluindo textura de alimentos. São freqüentes manifestações como:
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- Hiperatividade e pouca capacidade de atenção.
- Movimentos estereotipados, principalmente nas mãos, com ações repetitivas de mexer em determinados objetos, bater, morder as próprias mãos, etc.
- Condutas do tipo autista, porém mais “intencionais” na comunicação com o ambiente e que, geralmente, desaparecem com o crescimento. Comportamentos perseverativos, com fixação em determinados objetos ou assuntos.
- Ansiedade social e resistência a mudanças no ambiente, podendo ocorrer crises de pânico.
- Traços de excessiva timidez e inibição social.
- Contato ocular escasso.
- Humor instável. Pessoas com X-Frágil podem ser alegres e sorridentes e ter dificuldades para controlar condutas explosivas, às vezes acompanhadas de agressividade verbal ou física (principalmente em homens adolescentes e jovens adultos).
Tais reações são freqüentemente precipitadas por excesso de estímulos no ambiente ou por exigências acima de suas capacidades. Estudos têm revelado que as mulheres levemente afetadas – principalmente se forem mães de filhos também afetados – tendem a sofrer de instabilidade de humor, ansiedade e depressão, com dificuldades nas relações interpessoais.
Características cognitivas (área intelectual)
O comprometimento mental, seja em grau maior ou menor de retardo, pode mostrar-se desarmônico e não uniforme.
Na área da linguagem (articulação da fala e linguagem como expressão de pensamento) ocorrem:
- Dificuldades de comunicação e atrasos no aparecimento das primeiras palavras.
- Alterações na programação e execução do ato motor da fala (dispraxias verbais), assim como na percepção e articulação de sons.
- Alterações de ritmo e velocidade (fala rápida e confusa).
- Fala repetitiva e incoerente, com dificuldades para manter diálogo e fixar-se em assuntos da conversação, embora o uso de vocabulário relativamente desenvolvido seja observado.
Na área de processos e habilidades mentais, indivíduos afetados pela SXF podem manifestar:
- Facilidade em captar informações visuais do ambiente, percebendo-as de forma simultânea e “fortuita”, mas com tendência a manter-se no nível indiferenciado de percepção.
- Fixação em detalhes visuais irrelevantes e dissociados de um todo com significado.
- Habilidade para aprender por imitação visual, chegando a resolver problemas práticos e concretos.
- Dificuldades significativas em: reter informações, principalmente as que dependem de processamento auditivo, seqüencial e analítico ou de assimilar noções abstratas (como as requeridas pela leitura /escrita: perceber, relacionar e fixar seqüências na estrutura de sons e letras com significado); resolver situações-problemas mais abstratas e complexas; generalizar e aplicar informações em situações novas.
Há, portanto, diversas características da SXF que se assemelham aos sintomas de outros quadros clínicos de atrasos e transtornos de desenvolvimento. A investigação clínica deve estar atenta à análise da história familiar, principalmente quando esta inclui a ocorrência de problemas persistentes de aprendizagem e/ou de retardo mental em outros membros da família.
Todas essas características não estão necessariamente presentes em todos os afetados.
Diagnóstico
O diagnóstico tornou-se mais preciso a partir de 1991, quando o gene FMR1 foi descoberto. Com base em estudo molecular (DNA), identifica-se o número de cópias CGG deste gene. Esse teste pode ser prescrito por qualquer médico. É realizado através de uma amostra de sangue encaminhada para análise em laboratórios de genética, especializados em diagnóstico molecular.
O exame pré-natal também é possível, sendo recomendado quando existe diagnóstico confirmado na família e sabe-se que a gestante é portadora da pré-mutação. Pelo fato de os sintomas da SXF serem bastante sutis, especialmente em crianças pequenas – e devido à alta freqüência entre a população – profissionais especializados recomendam a prova do X-Frágil para avaliar ou reavaliar casos de atraso de desenvolvimento e retardo mental de origem desconhecida.
O desconhecimento da síndrome e o fato de seus sintomas serem similares a outros quadros clínicos parecem contribuir para que muitos casos ainda se mantenham com diagnósticos obscuros e imprecisos. No caso da SXF, a família pode identificar a origem dos problemas e melhor compreendê-los para buscar tratamentos mais específicos. Além disso, o conhecimento dos padrões de transmissão da doença auxilia na previsão das probabilidades de um descendente herdá-la ou não.
O assessoramento e o aconselhamento genético, logo após a confirmação da doença, são auxílios decisivos para um casal planejar seu futuro, sabendo dos riscos de transmissão. Portanto, a confirmação da SXF – precoce ou mesmo tardia – é sempre recomendada. Não somente para aconselhamento genético, mas também para redirecionar terapias que tenham sido ou estão sendo desenvolvidas, tornando-as mais específicas e compatíveis com as peculiaridades da doença.
Em 06/04/2011: http://www.xfragil.com.br/afundacao.html